A Escala de BORG é uma ferramenta para controle da intensidade dos esforços. Baseada na PERCEPÇÃO SUBJETIVA DE ESFORÇO (PSE), em inglês (RPE- Rate of Perceived Exertion), é uma tabela graduada de 6 a 20 em que o aluno/atleta tenta quantificar a magnitude do esforço que está fazendo naquele treino ou exercício.
COMO FUNCIONA
Esta escala é frequentemente utilizada para estimar, de forma indireta, a FREQUÊNCIA CARDÍACA, pois ao multiplicarmos a pontuação dada pelo aluno por 10 temos uma faixa de batimentos por minuto muito próxima da real.
Ex:
6×10 = 60, Repouso
12×10 = 120, Atividade moderada
15×10 = 150, Atividade difícil
20×10 = 200, Esforço máximo
CURIOSIDADES
Originalmente a escala de BORG surgiu do alto grau de correlação entre a FREQUÊNCIA CARDÍACA de indivíduos realizando testes ergométricos e as classificações daquela atividade. Em cada estágio do teste o avaliado classificava a atividade como: extremamente fácil, fácil, moderada, difícil e extremamente difícil.
No Brasil é muito mais comum o uso da escala de BORG modificada. A ideia é a mesma, porém a graduação é de 1 até 10. Quem adota esta tabela defende que a graduação de 1 a 10 é mais comum na sociedade e por isso aumenta a precisão do atleta no momento da avaliação do esforço.
A escala de BORG é uma ferramenta de controle indireto do treino muito importante. porém fatores internos e até mesmo motivacionais podem interferir na avaliação do atleta, e com isso diminuir a precisão da estimativa da intensidade do exercício. Por isso, sempre que puder, adote ferramentas de controle direto como a FREQUÊNCIA CARDÍACA e concentração de LACTATO, mas quando o objetivo é qualidade de vida saúde a escala de BORG ou PSE já dão conta do recado.
Abraço e Bons Treinos!
REFERÊNCIAS
Percepcao Subjetiva Do Esforco
Psychophysical bases of perceived exertion
Borg, G. Escalas de Borg para a dor e o esforço percebido. São Paulo. Manole. 2000.